Olá a todos e todas que estão a ler este meu post.
Sendo que este é o primeiro texto que publico considero que deve ser sobre um assunto que me é bastante recente, a escolha do meu curso.
Para começar, vou contextualizar-vos um pouco acerca do meu percurso.
Quando era muito pequenina (1º ciclo) tive a aquela famosa fase pela qual todas as crianças passam, aquela de saltitar de profissão em profissão. Durante essa fase, quis ser esteticista, cabeleireira e finalizei-a dizendo que queria ser estilista (até tinha um caderno onde desenhava "designs" de futuras criações).
Com o avançar do tempo, apercebi-me que não era de todo aquilo que queria fazer para o resto da minha vida por várias razões ora porque me apercebi que não tinha jeito ora porque não me interessava por aquela área.
Assim, por volta do 5º/6º ano de escolaridade tive a certeza que queria algo relacionado com a área da saúde e mais especificamente Medicina. Durante todo o meu 2º e 3º ciclos e quase todo o secundário assim o foi. Medicina era o sonho. Este sonho soava um pouco impossível mas via-o como um desafio, uma forma de poder evoluir e provar a mim mesma que tinha capacidades. Por isso, lutei, trabalhei, lutei, trabalhei e lutei e trabalhei ainda mais.
Chegado o 12º ano continuava convicta que queria Medicina e o meu panorama estava a meu favor para conseguir alcançar este grande sonho. Porém, ao chegar a meio do 12º, após inúmeras introspeções, apercebi-me que não era aquilo que queria. E porquê? Porque senti que não era o que me ia fazer feliz e realizada.
PÂNICO INSTALADO!
"Sem ser Medicina que vou eu fazer?"- pensei eu. Eu tinha várias opções em mente e comecei a pesquisar sobre os diversos cursos, em que consistiam e as respetivas saídas profissionais.
Após tanta pesquisa, realizei que o que eu sempre quis foi Enfermagem, o que se calhar nunca foi uma hipótese por influência social, crenças pessoais e desvalorização dos profissionais.
Só depois da minha grande introspeção é que reparei que eu sempre disse que queria cuidar das pessoas, perguntar como está a ser o seu dia, estar lá em todos os momentos, saber as suas histórias desde as mais alegres às mais tristes e perceber o que posso fazer para melhorar nem que seja uma milésima da sua vida. Para além disso, tratar de feridas sempre me deu um "gozo" imenso, daí ter percebido que era um sinal.
Basicamente, ser enfermeira sempre foi o meu sonho mas este foi mascarado por algo que eu achava ser o melhor para mim e que mais tinha a ver comigo. Guess what? Enganei-me.
Felizmente, este engano pôde ser "corrigido" e pude ingressar no curso de enfermagem da Universidade Católica Portuguesa no Instituto de Ciências da Saúde.
Após o início do curso confirmei ainda mais a minha decisão.
Isto pode parecer um pouco "clichê" mas sinto que vim a este mundo para cuidar das pessoas, para ser enfermeira e poder fazer, mesmo que pequeninas, mudanças nas vidas das pessoas.
Neste momento, estou já há 1 mês e quase meio no curso de enfermagem e estou a amar cada segundo. Tudo faz muito mais sentido agora, sinto-me feliz e realizada onde estou.
Ser enfermeira tornou-se algo com ainda mais significado desde que me estou a formar nessa área.
Atualmente vejo a enfermagem como uma das profissões mais desafiantes e mais desgastantes, ainda assim uma das que permite uma enorme realização profissional e pessoal.
Agora o meu grande sonho é terminar o curso de enfermagem e ser uma enfermeira que faça a diferença na vida das pessoas.
Assim me despeço de vocês.
Beijocas larocas,
Bea
